Mães no Mercado de Trabalho: Estatísticas, Realidades e Direitos
A maternidade é um momento especial na vida de uma mulher, repleto de alegrias e desafios.
No entanto, quando as mães decidem continuar trabalhando após o nascimento de seus filhos, enfrentam uma série de dificuldades para conciliar suas responsabilidades profissionais e familiares.
No Brasil, as estatísticas revelam a prevalência das mulheres com filhos que continuam trabalhando.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 65% das mães com filhos menores de 6 anos estão inseridas no mercado de trabalho.
Esses números destacam a necessidade de políticas e direitos trabalhistas que garantam condições adequadas para conciliar a maternidade e a vida profissional.
Além disso, o estudo “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil” realizado pelo IBGE, revela que a participação das mulheres no mercado de trabalho tem aumentado gradualmente ao longo dos anos.
No entanto, ainda existem desigualdades persistentes.
As mulheres enfrentam maiores dificuldades em ascender a cargos de liderança e recebem salários inferiores em comparação aos homens, mesmo desempenhando as mesmas funções.
No contexto da maternidade, as estatísticas apontam para desafios adicionais enfrentados pelas mulheres que trabalham e criam seus filhos.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que, após o nascimento de um filho, as mulheres brasileiras enfrentam uma redução média de 30% em sua renda. Essa diminuição está associada à interrupção da carreira, à dificuldade em retornar ao mercado de trabalho e à falta de políticas que apoiem as mães trabalhadoras.
Desafios das Mães que Geram Filhos e Trabalham
As mães que decidem continuar trabalhando após a gravidez enfrentam uma série de desafios, tanto físicos quanto emocionais.
Durante a gravidez, o corpo passa por mudanças significativas, o que pode resultar em desconforto e fadiga.
A necessidade de lidar com as demandas do trabalho, juntamente com as responsabilidades da maternidade, pode levar a um aumento do estresse e da pressão emocional.
Além disso, a falta de apoio e compreensão por parte dos empregadores e colegas de trabalho pode dificultar ainda mais a vida das mães trabalhadoras.
A falta de flexibilidade no horário de trabalho, a dificuldade em conciliar as atividades profissionais com a amamentação e os cuidados com o bebê, bem como a discriminação de gênero, são desafios comuns enfrentados por essas mulheres
Direitos Trabalhistas para Mães Trabalhadoras
Felizmente, existem leis e direitos trabalhistas que buscam proteger e apoiar as mães que geram seus filhos enquanto continuam trabalhando. Abaixo, destacamos alguns dos principais direitos trabalhistas para essas mulheres:
- Licença-Maternidade: As mães têm o direito a uma licença-maternidade remunerada de 120 dias, garantindo que possam se dedicar ao cuidado do recém-nascido durante esse período. Além disso, em algumas situações específicas, como parto prematuro ou nascimento de múltiplos, a licença pode ser estendida.
- Estabilidade no Emprego: Durante a gestação e até cinco meses após o parto, a mulher tem estabilidade no emprego, o que significa que ela não pode ser demitida sem justa causa. Essa proteção visa garantir a segurança da mãe e do bebê durante esse período.
- Aleitamento Materno: As mães têm o direito a dois intervalos de 30 minutos cada um durante a jornada de trabalho para amamentar o bebê até que ele complete seis meses de idade. Além disso, algumas empresas oferecem espaços adequados para a amamentação.
- Creche no Local de Trabalho: Em empresas com mais de 30 funcionárias com mais de 16 anos, é obrigatório oferecer creche ou local adequado para que as mães possam deixar seus filhos durante a jornada de trabalho.
- Flexibilidade de Horário: Embora nem todas as empresas ofereçam essa opção, algumas permitem que as mães trabalhem em horários flexíveis, facilitando a conciliação entre o trabalho e a maternidade.
Esses direitos destacam a importância de garantir que as mães que geram seus filhos enquanto trabalham tenham sua segurança e recebam o apoio necessário para equilibrar suas responsabilidades familiares e profissionais.
A conscientização sobre essas estatísticas pode ajudar a impulsionar ações voltadas para a promoção de políticas e direitos trabalhistas mais abrangentes e eficazes para atender às necessidades das mães trabalhadoras no Brasil.
Ser mãe e trabalhar no Brasil pode ser uma jornada desafiadora, mas gratificante, portanto a participação feminina no mercado de trabalho tem aumentado, mas ainda há desafios relacionados à igualdade salarial, ascensão profissional e desigualdades persistentes.
É fundamental promover uma cultura de igualdade de gênero e implementar políticas que ofereçam suporte às mães.
Se você é uma mãe que enfrenta dificuldades em relação aos seus direitos trabalhistas, é importante buscar orientação legal para entender suas opções e garantir que seus direitos sejam respeitados.
Um advogado trabalhista especializado poderá analisar sua situação individual, fornecer orientações específicas e representá-la caso seja necessário.
A consulta com um advogado pode ajudá-la a compreender melhor seus direitos e a tomar as medidas adequadas para garantir que você esteja sendo tratada de acordo com a legislação trabalhista vigente.
Essa ação pode ser uma forma efetiva de proteger seus direitos e obter a assistência necessária para conciliar com sucesso a maternidade e a sua vida profissional.