DeFi: o que essa sigla significa e qual o seu impacto no mercado financeiro?

Elon Musk, bilionário fundador da Tesla, empresa automotiva, já deu a dica em uma postagem no seu Twitter: “Don’t defy DeFi”, traduzindo, “Não desafie DeFi”.

Mas por que ele falou isso? Bom, vamos começar explicando o que isso significa. DeFi é a sigla para Decentralized Finance que, em português, são finanças descentralizadas.

As finanças descentralizadas partem do princípio que não é necessário nenhum órgão central para a oferta de produtos e serviços financeiros para as pessoas — olha a inovação aí, gente! Possivelmente era sobre isso a que Musk se referia.

Na prática, isso quer dizer que é possível, por meio de contratos inteligentes, oferecer e acessar soluções semelhantes às do sistema financeiro tradicional, mas sem intermediários como bancos, instituições do setor ou órgãos reguladores.

Neste momento, você deve estar se perguntando: “Mas como isso é possível? E a segurança? Quem dá credibilidade para essas transações?”. 

DeFi é uma forma de finança com base em blockchains. Uma das principais bases para a oferta de soluções DeFi é a plataforma Ethereum. Se você surfa nas ondas do mundo dos criptoativos, certamente já deve ter ouvido sobre ela e todas as suas vantagens.

Bateu a curiosidade? Quer saber em detalhes o que são financeiras descentralizadas, como funciona, qual o impacto no mercado financeiro e mais? Então, continue a leitura deste artigo.

O que é DeFi, finanças descentralizadas?

Como dissemos, DeFi é a sigla para o termo inglês que, no nosso idioma, significa finanças descentralizadas.

As finanças descentralizadas são um conceito que tem como principal objetivo retirar qualquer intermediário, visto como atualmente necessário, para a realização de transações financeiras

Em outras palavras, bancos, instituições de pagamentos, corretoras de criptomoedas, e outras empresas da área, podem ficar de fora dessa jogada.

Mas por que essa proposta é interessante? Um dos motivos é que, quanto menos agentes estiverem nesse trajeto, menores tendem a ser os custos das operações.

Além disso, a tendência é que as normas sejam flexibilizadas, dando a oportunidade para pessoas que, até então, enfrentam obstáculos para entrar no mercado de serviços financeiros, possam ser atendidas e beneficiadas.

Aqui, vale destacar que a DeFi não altera, necessariamente, o formato dos serviços e produtos financeiros que podem ser oferecidos — a exemplo de empréstimos, financiamentos e outros —, ela somente muda a maneira como as pessoas têm acesso a eles.

Como funciona a tecnologia usada na DeFi?

A base para as operações DeFi são as redes blockchain. Caso você ainda não conheça, imagine diversos “blocos” com vários dados e informações armazenados neles. De tempos em tempos, novos blocos são criados e conectados aos anteriores, formando assim uma rede.

Esse ecossistema é composto por códigos abertos, o que significa que não requer permissões de um órgão ou entidade em particular para serem criados e utilizados, podendo ser operado por todos que estão na plataforma. Sem falar que todos podem auditar.

Ok, agora o “alarme de falta de segurança” deve ter tocado aí, acertamos? Mas, antes de entrar em pânico e desistir da DeFi, é importante que você saiba que a tecnologia base para as finanças descentralizadas é bastante segura.

Por mais que se tratem de códigos abertos, é praticamente impossível apagar os dados ou fazer qualquer tipo de alteração. Além disso, todas as regras e diretrizes são definidas pela comunidade, ou seja, não é possível que uma pessoa, sozinha, defina qualquer mudança.

Qual o objetivo dessa tecnologia?

Assim como mencionamos logo no início deste artigo, uma das principais plataformas que está sendo utilizada para a criação de soluções DeFi é a rede Ethereum. 

Baseada na tecnologia blockchain, a Ethereum possibilita que quem a utiliza crie contratos inteligentes e desenvolva aplicativos descentralizados. 

Os contratos inteligentes são acordos que se autoexecutam no mundo digital, isso quer dizer, que dispensam a atuação de terceiros para serem validados e/ou atualizados.

Já os aplicativos descentralizados são softwares que podem ser usados em diferentes setores, a exemplo do financeiro.

Vale comentar também que a criptomoeda Ether é originária da plataforma Ethereum, sendo essa cripto a segunda no ranking mundial. 

Em resumo, é possível dizer que a tecnologia da Ethereum, a mesma usada para a DeFi, tem por objetivo permitir que qualquer pessoa crie diferentes soluções tecnológicas, para distintos segmentos. 

Quem será impactado pelas finanças descentralizadas no mercado de serviços financeiros?

Considerando que as finanças descentralizadas querem tirar os intermediários do caminho para a oferta de produtos e serviços dessa área, espera-se que bancos, exchanges de criptomoedas e demais empresas do setor financeiro sejam impactados.

Por um lado, é preciso reconhecer que se trata de uma grande inovação, com potencial para, inclusive, acabar com o monopólio bancário — lembrando que as fintechs já estão trilhando esse trajeto a um bom tempo, mas até elas podem ser afetadas.

No entanto, há muito a ser ajustado antes de considerar que o sistema financeiro tradicional seja “engolido” por essa descentralização.

É preciso analisar como as pessoas reagirão a esse novo modelo e como será a adesão. O fato de não haver um órgão responsável pelas operações pode gerar insegurança e incertezas, por exemplo.

Em síntese, as finanças descentralizadas são bastante promissoras, mas requerem um tempo de amadurecimento para conquistar o seu lugar ao sol.

Como os bancos e demais empresas estão reagindo a essa mudança? 

Enquanto isso, a ideia é que bancos, fintechs, corretoras de criptomoedas e outras entidades criem e entreguem soluções e melhorias para conquistar e fidelizar o seu público.

Na prática, quanto mais tecnológico, otimizado, desburocratizado e acessível forem os produtos e serviços, mais atrativos eles serão.

As exchanges, por exemplo, tendem a expandir a sua oferta de ativos digitais e oferecer recursos como a custódia, o que evita que a pessoa precise ter uma carteira à parte da plataforma para guardar as suas criptos.

Assim, se você está em dúvida entre migrar para uma DeFi, ou utilizar os recursos de uma corretora, vale a pena avaliar a oferta dessa empresa, seus recursos e benefícios antes de tomar a sua decisão. Bem como o quanto você mesmo quer ter que entender para usar a tecnologia por conta própria.

Este artigo foi escrito pela Bitso, exchange internacional de criptomoedas na qual você pode comprar, guardar e vender os seus criptoativos.